terça-feira, 5 de outubro de 2010


Há uns poucos dias em Outubro que são quase perfeitos.o céu se estende sobre um azul claro,tão profundo que faz o resto mais bonito. cada cor é brilhante.
Era um tempo perfeito para dar largos passeios pelo parque,pela cidade com alguem de mãos dadas. já que não tenho ninguem assim, somente esperava que durante o fim-de-semana livre pudesse sair sozinha. a possibilidade disso era de poucas,a nenhuma.

Ao final do dia, quando tudo termina, tudo que a gente mais quer é estar perto de alguém. Então essa coisa onde a gente mantém distância e finge não importar com os outros é geralmente besteirada. Então nós escolhemos aqueles que queremos permanecer próximos e, uma vez que escolhemos tais pessoas, tendemos a manter contato. Não importa o quanto machuquemos elas - as pessoas que ainda estão contigo ao final do dia, estas são aquelas que vale a pena manter. E, claro, às vezes próximo pode ser próximo demais. Mas, às vezes, aquela invasão de espaço pessoal pode ser exatamente aquilo que você precisa.


(dica de imagem da @bruna_cabral_)

domingo, 3 de outubro de 2010

Venha.


Venha logo, traga de volta a minha certeza, não deixe, por favor, não deixe. Traga um agasalho para esquentar a minha falta de amor e ganhe em troca um ingresso para a minha fidelidade.[...]

[...]Venha agora, não espere o músculo, a piada, o botão, o calo, a saudade, o arrependimento, o vazio. Eu preciso sentir que você ainda sente, eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.
Tudo o que eu quero, quando ela me olha sem pressa e sorri nervosa sem saber porque a gente procura se perder. Eu ainda preciso que você me ache bonita, se surpreenda, me comemore e esqueça um pouco de todo o resto pra se encantar sem medo do tempo.
Não me tire a razão, não me tire a honra, não me faça estragar tudo só para sentir o vento na cara de novo e a música alta. Berre e assopre em mim enquanto é tempo.
Eu ainda quero viver para você. Venha agora, ganhe a corrida, passe todo o resto pra trás, é você quem eu continuo eternamente esperando na linha final.

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Uma gota de suor escorreu pelo meu rosto.
Eu a limpei com a palma da minha mão.
Eu estava suando como um porco, e eu ainda sentia frio.
Medo,mas não do bicho-papão,e sim do que eu estava prestes a fazer.
Se fosse um músculo, eu poderia movê-lo.
Se fosse um pensamento, eu poderia pensar.
Se fosse uma palavra mágica, eu poderia dizer. Não é nada assim. É como a minha pele fica fria,mesmo sob a roupa. Eu posso sentir todas as terminações nervosas nuas ao vento. E mesmo nesta quente, suada noite de Agosto, senti minha pele fria. É quase como um minúsculo, frio vento emanando da minha pele. Mas não é o vento, ninguém mais pode sentir isso. Isso não explode através de uma sala como um filme de terror de Hollywood.

Não é chamativo. É tranqüilo. Privado.

Meu!.

terça-feira, 10 de agosto de 2010


Dar um soco nas fuças de alguém tem muito valor terapêutico. Em especial para alguém que, como eu, pode estar sofrendo. Porque era
isso que eu estava, claro.SOFRENDO
Só que - e não sei se isso se aplica a todos ou só a mim -
realmente não sofro como uma pessoa normal.
Quero dizer, eu fiquei sentada abrindo o
berreiro depois que percebi que nunca mais iria vê-lo.
Mas então uma coisa aconteceu. Parei de me sentir triste e comecei a ficar
furiosa.
Furiosa de verdade. Ali estava eu, já passava da meia -noite, e me sentia
extremamente furiosa.
Não que não quisesse manter a promessa
Queria sim. Mas simplesmente não podia...

domingo, 8 de agosto de 2010


Embora eu saiba que, mesmo em segredo, a liberdade não resolve a culpa. Mas é preciso ser maior que a culpa. A minha ínfima parte divina é maior que a minha culpa humana. O Deus é maior que minha culpa essencial. Então prefiro o Deus, à minha culpa. Não para me desculpar e para fugir mas porque a culpa me amesquinha.
Eu já não queria fazer nada pela barata. Estava me libertando de minha moralidade - embora isso me desse medo, curiosidade e fascínio; e muito medo. Não vou fazer nada por ti, também eu ando de rojo. Não vou fazer nada por ti porque não sei mais o sentido de amor como antes eu pensava que sabia. Também do que eu pensava sobre amor, também disso estou me despedindo, já quase não sei mais o que é, já não me lembro.
Talvez eu ache um outro nome, tão mais cruel a princípio, e tão mais ele-mesmo. Ou talvez não ache. Amor é quando não se dá nome à identidade das coisas?
Mas agora sei de algo horrível: sei o que é precisar, precisar, precisar. E é um precisar novo, num plano que só posso chamar de neutro e terrível. É um precisar sem nenhuma piedade pelo meu precisar e sem piedade pelo precisar da barata. Estava sentada, quieta, suando, exatamente como agora - e vejo que há alguma coisa mais séria e mais fatal e mais núcleo do que tudo o que eu costumava chamar por nomes. Eu, que chamava de amor a minha esperança de amor.
Mas agora, é nesta atualidade neutra da natureza e da barata e do sono vivo de meu corpo, que eu quero saber o amor. E quero saber se a esperança era uma contemporização com o impossível. Ou se era um adiamento do que é possível já - e que eu só não tenho por medo. Quero o tempo presente que não tem promessa, que é, que está sendo. Este é o núcleo do que eu quero e temo. Este é o núcleo que eu jamais quis.
A barata me tocava toda com seu olhar negro, facetado, brilhante e neutro.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um lugar para chorar


A dor vinha represada a dias, a mulher desejava apenas que não vazasse em hora imprópria, mas que controle poderia ter? Estava dirigindo rumo ao supermercado,
quando uma música escapou do rádio para devorá-la inteira, e então, às dez e vinte de uma manhã de sexta-feira, numa rua bastante movimentada, ela começou a chorar.
Buscou os óculos na bolsa, mas não desligou o rádio, pois já não havia remédio, agora que desaguava. Os pensamentos aproveitaram a correnteza e invadiram o cérebro,
cristalinos. Todas as verdades emergiram juntas: já que não havia mais como parar o sofrimento, ao menos seria prudente estacionar o carro. Procurou uma rua calma,
encostou no meio-fio, mas havia pessoas na calçada. Arrancou. Em outra rua, estacionou diante de um prédio, mas logo viu o porteiro levantando do banquinho e se
aproximando, quem é essa estranha a esta hora? Foi embora.
Deslizou por avenidas que exigiam mais velocidade, mas não conseguia ultrapassar os quarenta quilômetros por hora, impossível ir rápido para lugar nenhum. Ela passeava
lentamente pela tristeza que finalmente tinha vindo ao seu encontro, sem escolher o momento.
Perto do supermercado, quando já parecia que estava começando a se controlar, uma nova implosão jogou mais e mais lágrimas pra fora, precisava parar. Foi para os
arredores de um colégio, mas ali não era seguro, havia muitos conhecidos.
Tentou uma pequena e abandonada alameda residencial, mas viu olhos espiando por trás das cortinas. Foi um pouco mais adiante, parou de novo em frente a um terreno
baldio, e aí foi o medo que não permitiu que ficasse, era só o que faltava ser vítima de alguma outra violência, já lhe bastava o assalto dessa emoção que não cessava.
O ray-ban apoiado no nariz vermelho tentava esconder a pele úmida. Que ninguém alinhe o carro ao lado do meu neste sinal fechado, ela pensava enquanto pensava também
em como estava vivendo a vida errada, a vida de outra pessoa que não era ela. Por onde começar a procurar aquela outra que havia sido um dia? Não se dava conta de
que era exatamente o que acontecia, o tumultuado encontro dela com ela mesma a lhe atropelar por dentro.
Diminuiu o ritmo perto de uma igreja, mas havia uma parada de ônibus, impossível deter-se ali. Encostou diante de outro prédio, mas já havia morado naquela rua.
Na frente do parque, não. Alguém viria cumprimentar, sempre há alguém que lembra de você de algum lugar.
Não conseguindo estacionar o carro, foi obrigada a estancar o choro. Limpou o rosto com um lenço de papel que encontrou no porta-luvas, olhou pelo retrovisor para
ver se a aparência denunciava sua situação, e resolveu que dava para enfrentar a vida, bastava não tirar o ray-ban da cara.
Chegando ao supermercado, pegou um carrinho de compras e consultou a lista que a empregada lhe dera. Farinha. Carne de segunda. Azeite. Papel higiênico. Cebola.
A mulher que ela não era assumira de novo o comando.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A gramática do "amor"

Qual o verbo mais usado: AMAR ou ESQUECER?
o meu é TENTAR.

Eu TENTEI AMAR você.
Eu TENTO te ESQUECER.
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Eu (te)AMO
Tu (me)AMA?
Ele (te) AMA (como eu?)
Nós (nos) AMAMOS (ê,sonho)


Eu (não) ESQUECI
Tu (já) ESQUECEU (?)
Ele (nunca) ESQUECE
Nós (nos) ESQUECEMOS(?)


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Como diz o sábio Homer Simpson: Tentar é o primeiro passo rumo ao FRACASSO.

FRACASSO. ainda não me habituei a essa palavra.logo eu! que estou acostumada a ter TUDO e TODOS(exceto meu amor platônico,whatever)

Tá,sabe que até foi uma experiencia boa?
Uma coisa eu aprendi nesse tempo de vácuo/silencio mortal,aprendi a cultivar o amor própio.é isso: o único amor que possuo, é o amor própio. esse é meu MANTRA. rs



Você chega com essa carinha de quem só quer conversar,toma o meu tempo,minha alegria,minha alma...
e depois vai embora do mesmo jeito que veio...



Como diz a madastra da Cinderela: O AMOR SO ACONTECE EM DELIRIOS FANTASIOSOS.

 
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